Minha missão, à medida que se intensificava levava-me a lugares potencialmente perigosos. A certeza do envolvimento de Laytzsche com os Djances apenas aumentava dentro de mim.
Numa noite calma, convidei meus irmãos de jornada para explicá-los o que se passava em minhas expeculações, e após esclarecer meu ponto de vista, foi decido o destino para a investigação de cada um:
Lesmago deveria partir para os Lagos Nórdicos coletar informações com os Esnobres, o povo que por lá habitava.
Emo iria para a Escavação dos Marrecos, lugar próximo a um buraco negro conhecindo como União Nefasta dos Absurdos e Ignorantes, vulgarmente conhecido como UNAI.
Ed-Son deveria voltar aos Campos Formosos, onde jaziam seres com poder suficiente para nos encantar contra as maldições do Demo-Demorou.
Ficou combinado que no retorno de nossos companheiros , Eu e Tezah deveríamos juntar-se à eles n'A Grande Serpente e escoltá-los de volta à Resistência.
Por motivos duvidosos, nosso ladino Emo, O Covarde retornou préviamente de sua missão na Escavação dos Marrecos, e partiu conosco para resgate de nossos companheiros.
Como já era esperado, os Djances estariam lá para impedir o término de nossa missão...
Tezah e Eu saímos apressados d'A Chatuba, deixando para trás a maior parte de nossos equipamentos, pois acreditávamos ser uma missão rápida e furtiva.
Adentramos nossa carruagem e partimos para o interior do UnBral, onde deveríamos encontrar Lesmago.
Muito me estranhou a repentina calma do local, e então decidi acelerar a carruagem, e dando um tranco nos corcéis, executei a chamativa manobra conhecida como Equino de Toco, afim de assustar os Djances e atentar Lesmago de nossa chegada.
Todavia, nada saiu como esperado: Dois Guardas da Prole Maldita (PM), conhecidos como infantaria de controle populacional e repressão dentro do UnBral, nos abordaram.
Lembro-me da conversa como se ocorresse neste instante...
- Jovem, alto lá! O que pensa fazer nesta carruagem?
- Soldado, sou Kinder, Seis Cordas, um humilde bardo, e vim aqui apenas para remover um companheiro de campanha deste local.
- E onde estão os pergaminhos de autorização do rei para a utilização de carruagem por sua parte, e onde está o registro de sua carruagem jovem?
( neste momento, sabendo que não era possuidor de tais documentos na ocasião, cogitei a possibilidade de fuga, ou influencia mental, porém me frustrei novamente: Juca, meu instrumento ficara na Chatuba.)
- Senhor, De fato esta carruagem não possui tais documentos neste local, pois estão guardados em nossa residência, o Palácio da Resistência.
( Pude sentir cada nervo do sentinela se contorcer ao descobrir a ameaça que representávamos, eramos cavaleiros da Mesquita, os guardiões da Chatuba! ).
Tezah já preparava suas mãos para me curar caso algo ocorresse, Lesmago que nesta hora já estava presente procurava artefatos em sua bolsa, e Emo, esperava a hora certa para cravar algo no pescoço do cultista maldito).
Aproveitando-se de nossa desvantagem aos olhos das leis reais o sentinela revistou minha carruagem.
- Então, você conduzia esta carruagem sem cordas de segurança, sem calçados de guia e ainda repousou-a em espaço destinado aos desenhados pelo deus Parkinson ( tortinhos coitados ), terei que deter este veiculo e encaminhar mensagem ao rei!
- Senhor, não se faz necessário ( sonhando em emboscá-lo no caminho para a resistência), eu o conduzirei até meus documentos.
- Nada disso, voce irá comigo, e sua carruagem também.
Era previsível que um guarda corrompido, concuminado com os Djances visse naquela oportunidade de manter captiva uma carruagem d'A Chatuba uma gorda recompensa! Sabe-se lá o que inventaria sobre nosso destino, ou até mesmo sem inventar, ele possuia um de nosso veiculos, o que já nos prejudicava.
Já sabíamos que ele não nos enfrentaria, conhecendo a fama dos Cavaleiros da Chatuba, porém nada podíamos fazer, estavamos cercados por todos os lados, e o guarda de certo ameaçado por estar próximo não nos denunciou em meio ao mundaréu de Djances que por ali circulavam.
Conversando entre nós, Emo e Lesmago decidiram utilizar-se da furtividade de Emo para escondê-los nas sombras, e da magia de Lesmago, para os teleportar até a Chatuba onde poderiam forjar pergaminhos reais afim de ludibriar À Prole.
Tezah e eu deveríamos ficar e vigiar a carruagem.
Destinos traçados, lá fomos.
Chegando no posto de vigília da Prole Maldita, utilizei de todo meu carisma bárdico para influenciá-los em liberar-me, mas de nada adiantava. Decidi utilizar de outra estratégia, e enquanto Tezah distraía os guardas, conjurei um sinal de alerta que trouxe até mim um dos servos da Mesquita, um guarda da FÉ.
Felizmente, quando pensávamos numa forma de fugir do domínio da Prole, Lesmago e Emo vinham tranzendo os documentos que acabaram por frustrar os guardas.
Para comemorar nossa vitória sobre os bossais, descemos até As Colinas, território pertencente à Mesquita.
Na taberna, compramos fumígenos, elixir negro para restaurar energias e nos sentamos para ter uns com os outros sobre o feito do dia.
Eis que observando a estrutura do local, desenvolvi mentalmente um jogo, e para entreter meus companheiros sugeri: iriamos testar nossa pontaria arremessando pequenos projéteis em circulos esculpidos nas mesas de madeira da taberna.
Cada um de nós utilizando de suas perícias singulares fazia arremessos em seus turnos, apostando moedas de prata e ouro como prêmio ao vencedor.
Emo, O Ladino, como era de se esperar, foi o único com destreza suficiente para vencer sem truques, enquanto Lesmago dominava o jogo com seus truques arcanos.
Finalmente retornamos à Resistência, para descansar da maldita campanha, e ainda sim, sem pistas de Laytzsche.
"Para tornar inofensivo o dragão, cubra-o com um saco de pão" - Sábia citação de Baian Dragonrider ao ensinar Emo sobre os segredos dos cavaleiros de dragões.
