terça-feira, 31 de agosto de 2010

Surto E Renovação - Desiguais Em Igualdade

A alegria que antes parecia contagiar o Império Djance agora caíra por terra. Propositalmente fizemos com que a notícia de nossos reforços alcançassem os generais Djances, para decair o moral de seus eleitos.

Bastou um único dia para cessar as festas, e como de costume, o silêncio amedrontador denunciava as inúmeras batalhas travadas na mente dos soberanos tanto da Resistência ( Chatubas ) como do Palácio do Plágio ( Djances ).

Os Djances demonstraram não perder tempo. Durante um ritual noturno realizado por Lesmago e Ed-son nos corredores da Resistência para manutenção de nossas energias arcanas, Eis que no círculo arcano para performance do ritual canalizaram-se energias Djances, e o ser que ali surgiu, era conhecido de minha pessoa: a succubus.

Utilizando de toda energia que até então armazenava, conjurei um campo energético entre meus companheiros e a criatura, o que nos cedeu a vantagem em tempo, assim Ed-Son pôde desconfigurar os componentes do círculo e lesma utilizar um ritual de desinvocação, que enviou a criatura de volta para os Djances.

Foi um aviso: Os Djances estavam de olho em tudo.

Providências foram tomadas pelos Chatubas. Tezah, o clérigo, moldara uma Urna embutida de poderes divinos, capazes de expurgar as trevas. Nesta Urna, jaziam os verdadeiros restos mortais do jovem Skizuh, agora revivido pelos Djances apenas como espectro.

O poder arcano advindo de seus restos mortais somados ao poder divino de nosso clérigo, tornaram o artefato poderoso e fonte de recarga para as nossas energias.

Este mesmo poder atraiu para dentro da Chatuba um enviado divino: o paladino Aretti
( arrombado ).

O fortalecimento incessante dos Chatubas remoía os habitantes do Palácio do Plágio.

Laitzsche e Emo por motivos de força maior desligaram-se, porém, antes de partir, Laitzsche nos prestou um enorme favor: nos cedeu dois ovos de dragão, furtados diretamente da fortaleza Djance.

Algo parecia estar fora de órbita...Como aquela simples jovem sempre esboçava ou manifestava algo incomum nas situações em que eu pude presenciar?

Não satisfeito com o conformismo, decidi espionar os passos de Laitzsche por conta própria...

Ali se iniciava uma campanha que eu jamais imaginaria.

" O sabor peculiar de anciãs desencarnadas permeia este local" Kinder,Seis Cordas.

domingo, 29 de agosto de 2010

Receita nº 1 - Fumígenos de Ed-Son


Olá amiguinhos medievais! Hoje iremos aprender como preparar fumígenos do Tio Ed-Son!

Você vai precisar de:

Cigarros sem carga ( esvaziados ) ou Papel Seda

Tesoura sem ponta

Salsa desidratada

Cebolinha desidratada

Óregano

Chá de Hostelã - dê preferência à marca Leão

Chá Preto

Uma caixa de pizza usada

palito de dente ou chave de fenda

Muita criatividade e a supervisão de um adulto!

Vamos às receitas?

Ruffles De Bolso:

Esvazie a carga de seu cigarrinho ou recorte com a tesoura SEM PONTA um papel seda de 10 por 10 centímetros.

Deposite no papel ou preencha a carga do cigarrinho esfarelando a cebolinha, e a salsa.

No caso do cigarro, apenas espere até o conteúdo transbordar do espaço para o tabaquito.

Se estiver utilizando o papel seda, enrole o papel até que se assemelhe á um cigarrinho.

convide os amiguinhos e boa diversão!

Marafinha De Poser:

Não se esqueça, com a supervisão de um adulto sempre!

Repita o procedimento padrão para a Ruffles De Bolso, porém ao invés de cebolinha e salsa, utilize óregano!

Quando for utilizar, chame seu amiguinho metido a Djance!

Frescor Da Resistência:


Novamente repita o procedimento das receitas anteriores substituindo o conteúdo a ser utilizado por hortelã!

Uma boa dica: se você escova os dentes, acerque-se de uma pequena quantia de pasta, e distribua sutilmente no lado externo do cigarro! vai ficar supimpa!

" Quer fumar O QUÊ "? Tabacaria Gourmet

Uma vídeo aula:

http://www.youtube.com/watch?v=z03Ece001Ms

O Que Não Fazer:

http://www.youtube.com/watch?v=dl_DNXT_2WM&feature=related

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mérito E Sorte - Das Cinzas À Composição



Os dias seguintes foram marcados pelo remorso dos companheiros que negaram participar da campanha onde Skizuh e Zuk pereceram.

Na Chatuba há muito o Sol sequer alcançava, tornando os dias cinzentos e as noites frias e traiçoeiras.

Os Djances comemoravam noite após noite nossas perdas. Chegou ao nosso conhecimento que El Diablo nomeara seus primeiros generais numa cerimônia de celebração. Para nossa surpresa e impacto, os generais nomeados eram antigos conhecidos e quase próximos dos habitantes da Resistência, eram eles:

Potdila - A druida do bambuzal, traídora de nossa causa e executora de Skizuh.

Kol - O demônio que certa vez tentara dar cabo de mim.

Guirlene - Um taumaturgo especialista na invocação de criaturas do submundo ( os da periferia mesmo ).

Thomy - A dançarina das sombras que fora acusada de infiltrar estrangeiros no UnBral, prontos para nos matar ( para que? paraguaios ).

e...

Skizuh ( SIM, ELE MESMO ! ) - O mago da varinha juvenil fora ressucitado pelos Djances, e agora jurava vingança contra a Chatuba. Todavia, durante seu ritual de ressureição, houveram complicações, e ele perdeu o que lhe restava dos poderes mágicos, tornando-se um inútil.

Fadados ao colapso e desfragmentados , os Chatubas dedicidiram realizar o ritual da Mesquita, e através dele, invocar guerreiros perdidos no tempo e espaço a fim de nos dar suporte naquele momento de extrema tensão.

Para esta cerimônia, enviamos mensageiros socilicitando a presença de duas figuras cruciais: Baian, o Cavaleiro de Dragões que reuníra poder incrível domando e montando dragões que ninguém sequer ousou encarar, e Taki "Mestre Da Ilusão", um mago especializado em projeções de imagens e invenções engenhosas.

Fechados os portões da chatuba, distribuímos 5 recipientes em disposição de pentagrama, contendo um liquido preto, gaseificado e adocicado preparado por nosso feiticeiro alquimistra, Ed-Son.

Em cada ponta do pentagrama, posiciou-se um de nós: Tezah que iria coordenar a cerimônia de invocação, Ed-Son para manter o equilibrio arcano e a contenção do círculo, Emo em posição de ataque caso ocasionalmente surgisse algo indesejado, Baian para o mesmo fim de emo, Taki energizando o campo arcano e eu afim de inspirar os companheiros.

Tezah deu início à cerimônia:

Espiritos da Mesquita, desçam sobre a Chatuba para nos auxiliar, eu vos chamo!

" Automatis lativia, copulae anima es

chatub mesquitae, carum anis trans

hominus toc'homini, funk es anis trans

chatub mesquitae, ingesto femini totalus

motor an redley, venus vos pegare femini

chatub mesquitae, carum nike aielis

chatub ingesto anis, des ingesto vagem

remotio virginis, carum calvus es".


O ritual infelizmente falhou, e nosso moral despencou.

Eis que um barulho nos chamou a atenção. Dois homens, um jovem loiro e outro carregando um enorme estandarte ( bandeira do flamengo ) gritavam por auxílio nos portões d'A Resistência.

Tezah e Emo receberam os jovens: O loiro era um conhecido ex-habitante da Chatuba que decidira migrar para o Lago Nórdico, o conjurador Lesmago. O outro era um guerreiro conhecido como Jovem, enviado do reino para proteger as terras do UnBral da ameaça Djance, alojar-se ia conosco.

Das cinzas ao renascimento, a Resistência contava agora com um novo elenco, mais forte, preparado e unido.

Lesmago, Jovem, Baian e Taki, além de suprir as perdas, trouxeram consigo esperança.

"Mascar preparados liguentos nicotinógenos para todos os efeitos é como realizar ato oral em um charuto". - Taki " Mestre da Ilusão"

A Queda - O Fim, Do Baile De Máscaras


O medo diante da ameaça Djance me consumiu.

Sobre os erros e decepções, nos deparamos com grandes aprendizados, isto é, quando temos a virtude da sobrevivência diante destes mesmos erros. Fosse outra situação talvez não tivesse a mesma sorte.

Ainda dissertando sobre minha noite tenebrosa, a imagem dos fatos macabros permeia meus pensamentos ainda neste momento em que escrevo.

Retomando a situação anterior, para elucidar os fatos, Skizuh que antes caíra nas maliciosas tentações da druida do bambuzal agora lutava por sua vida. Emo já estava muito distante, e Zuk combatia um demônio andrógeno qualquer.

Sozinho entreolhava a horda de servos e cervos, que preparavam uma espécie de ritual. Neste momento nefasto que percebi meu erro: na tentativa de me disfarçar em meio ao circo de horrores, larguei JUCA ( meu instrumento musical e também minha arma ) na Resistência. Como seria capaz de defender-me ou anular o ritual sem o auxílio de meu fiel companheiro?

Assim formou-se ao centro um círculo profano, e uma sacerdotisa ( ou sacerdote , não sei dizer ao certo ) proferira o ritual de invocação:

Aserehe ha de he

De hebe tu de hebere seibiunouba mahabi

an de bugui an de buididipi

Fendas abriram no solo, o odor do enxofre invadiu o ambiente, e as linhas desenhadas em giz tornaram-se vivas. Ao centro surgiu uma nefasta criatura... Olhos cintilantes, traços femininos, corpo de homem semi nu. Sua dança exótica parecia hipnotizar as bestiais deformidades do ambiente.

Quando o desespero me consumia em minhas falhas empreitadas de fuga, eis que surge Emo, desta vez sorrateiro, ladino, sagaz. Cautelosamente desarmou um mecanismo em uma das paredes nos permitindo sair sem despertar atenções ( pelo menos acreditávamos ).

Em um dos corredores da fortaleza Djance, um grupo de rangers ( caçadores ) estava em reunião, pareciam planejar um ataque aos dragões. Próximo a eles estava Skizuh, que sofrera um ferimento letal, e agonizava, pedindo por um remédinho milagroso que apenas a druida tinha posse, e negava.

Preocupado com nossa situação caótica, esqueci-me de Zuk, que aparentemente fora consumido pelas feras. Despistando o grupo de rangers e acompanhado apenas de Emo, fomos de encontro a Laytzche, que esbanjava um sorriso macabro. Logo atrás de Laytzche surgia um dragão de pele, muito empático em relação à presença da jovem.

Este fato despertou minha atenção para a então companheira de Emo, e a distração me foi muito custosa. A dragoa, aproveitando-se de minha brecha mental, lançou sobre mim sua aura de influência, e me ofertou sua companhia. Num momento inicial pude recusar, devido à minha considerável força de vontade, porém algo quase mudou o rumo daquela noite. Sem hesitar, a dragoa sacou duzentas peças de ouro, e me ofertou. Pasmo diante de tal quantia, e imaginando os milhares de bem feitorias para minha pessoa com tanta fartura, estava prestes a tocar seu dinheiro maldito.

Instantaneamente Emo se entrepôs entre as moedas e minha mão ( coisa de ladino, pqp ), deu me uma mão de realidade, e contemplando o erro que estava prestes a cometer, lhe retribui com um toque de gratidão.

A fúria dominou os olhos da dragoa pronta para nos baforar seu hálito ígneo ( cachaça para caralho na corrente sanguínea + esqueiro ) mas pude perceber uma aura interferindo em seu poder, e dragoa subitamente se retirou aterroziada. A esta altura, os rangers e todo o resto, menos eu e Emo há muito evacuaram a área.

Temerosos por qualquer acontecimento aleatório que por ventura viria a se passar no edifíco Djance, emo e eu partimos em fuga.

Entre mortos e feridos, recolhemos os corpos esvaídos de alma de Skizuh e Zuk, e durante seu velamento, diversas homenagens foram-lhes prestadas.

Lembro-me bem que a tristeza que invadia minha alma me levou a prestar um tributo ao mago. Em meio ao círculo funerário e agora em posse de Juca, entoei uma canção para contar aos presentes o último feito do mago para comigo em vida. E esta pequena história que se segue pode vos relatar tudo.

A noite era fria e a atmosfera densa. No interior da Chatuba ( nome específico de nossa matriz dentro da Resistência ), foi decidido que deveríamos eu e o mago utilizarmos de nossos poderes sobrenaturais para expurgar do andar térreo de nosso edíficio os seres diabólicos que ali jaziam. Ao fim, apenas um adversário permanecia de pé, a temerosa Succubus ( ou Succubae ). Um demônio que travestia-se de bela mulher, para sorver dos mortais não só a vida, como escravizá-los em alma e utilizá-los em seus propósitos. Eu me julgando muito proviente para a situação, preparei mentalmente todo o ritual: era necessário criar um círculo mágico de dispersão arcana, e assim devolver a criatura para seu lugar definitivo, longe de nosso plano. Para tal, Juca não seria de bom uso, eu deveria usar um artefato que me foi dado por meu pai em circunstância distante. Tratava-se de uma varinha mágica muito peculiar, e que emanava muito poder. Temeroso sobre levantar suspeitas deixando meu implemente à mostra, questionei o mago se era possível que me emprestasse por aquela noite, um de seus porta varinhas de contenção arcana. Para minha surpresa , o porta varinhas do mago juvenil era tão juvenil quanto sua fama rezava. E assim descobri uma falha temível de meu camarada mago...Seu instrumento mágico era demasiadamente pequeno para afetar qualquer criatura daquela estirpe. Desprotegido contra investidas impróprias, acabei travando uma batalha exaustiva contra a criatura, que de cara pode perceber a aura mágica que emanava de meu instrumento.

Velados os corpos,entristecidos nossos corações estavam pelas baixas, porém tinhamos a certeza que nada há no acaso, e o conformismo pode nos conter da melancolia.

"Kinder Seis Cordas, minha atração por sua progenitora é meramente gravitacional" Ed-Son, o feiticeiro mál caráter.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Noite, Vida e Morte - Parafernalha Arcana


A noite calma era mau sinal. Passamos por um despreparo, muitos haviam se dispersado dias antes para resolver necessidades pessoais.

Tezah ficara enfurnado em seu templo, no topo da fortaleza. Durante a ausência de seus companheiros, realizara diversos rituais no local como purificação, desintegração ( obviamente das criações de Ed-Son )campo anti-djance e silenciar, este último para que pudesse aprimorar seus estudos na arte divina.

Ed-Son fora aos Campos Formosos visitar sua amada ( sim, ele ama alguém ), e ficamos desfalcados de conjuradores de qualquer sorte em nosso compilado. Ressalto que Ed-Son se foi com conscentimento geral, pois prometera voltar com poções poderosíssimas das terras de sua formosa.

Alecks ou A-Lex ( assinatura gay ), desaparecera de seu posto, o que nos deixou fatidicamente preocupados, e sua falta de solicitude ( leia-se feladaputagem ) nos rendeu um componente a menos.

Entrepostos espada e cruz, jazíamos eu e Emo, O Covarde, a cogitar meios de mineração informativa, e trazermos para casa as boas novas da primeira campanha. Mal sabíamos que ali teríamos não só uma decepção, como também uma surpresa mal arrumada que logo descreverei a vós, leitores.

Meio de noite, eis que surge entre nós dois inusitados jovens: Zuk, um contador de histórias ( lêia-se lorotas ), e um jovem aprendiz de mago, Skyzuh. Não que eu repare em aparatos, porém algo parecia estar errado com seus equipamentos.

Emo e eu pudemos naquele momento nos confortar, pensando que não seriámos sós, e mais uma vez, a dor da decepção trouxe o amargo às nossas bocas.

Juntos montamos nossa estratégia para invadir o Covil do Pé de Enxofre, e o que se segue - POR FAVOR, SENHORES LEITORES, SE HOUVEREM CARDÍACOS, EPILÉPTICOS, CRIANÇAS, VELHOS, BEBADOS E PRINCIPALMENTE EVANGÉLICOS PRÓXIMOS AOS ESCRITOS, QUEIME O PERGAMINHO IMEDIATAMENTE - como escrevia, o que se segue é de tez baixa, porca e vergonhosa.

A celebração dos servos de Queimadim para o general 120 começou aparentemente como o esperado. Havia muita fumaça proveniente de um aparato com gosto tanto duvidoso ( dizem as más linguas essência de porra ), bebidas que misturavam caules fermentados e destilados com plantas do cerrado ( leonoff era luxo ), e para deliciar os sádicos, sem muito detalhamento pois não gostaria de deixá-los sem dormir, vamos às aberrações.

Toda sorte de seres de outras orbes ESTRUTURAIS, e Djances. Cheguei a ver cervos que numa linguagem corporal insinuavam ações a seus companheiros ( bixonas se esfregando ao som de DISCO FEVER )servas do próprio Tranca-Rua, encarnadas, se é que aquilo se descreve como carne, em seres reptilianos, reservatórios naturais de compostos do submundo ( kolene, koleston, Alfazema ), verdadeiras sanguessugas de felicidade, sorrindo molares que fabricariam belas espadas, revelando feições que assustam até os bárbaros de Vicentpirs.

E seguiam os acontecimentos ímpares: Skyzuh, inexperiente jovem, decidiu-se por testar magia divina, e num troca-troca arcano/divino com Potdilla, caiu nas graças ( ou desgraças ) da druida.

Trouxeram uma escultura em forma de falo, porém seu fim não parecia muito certo, e quando descobrimos que gastronomia pairava seu propósito, Emo,O Covarde ladino já estava muito aquém de minha pessoa.

Tentei confiar na companhia de Zuk, agora que o mago estava sendo manipulado ( escrotizado ) pela Druida, e mais uma vez, me frustrei.

E logo o mago passaria por maus bocados... ( rodou )

"Em terra de saci, qualquer chute é voadora" Skyzuh, Varinha Juvenil.

Labor e Proveito - Angústia e Descoberta


Em minhas contemplações desde minha chegada, em momentos de grande sensibilidade ao mundo exterior, me ocorria uma sensação estranha, uma espécie de "presença" trespassava meu campo de percepção. Conversas constantes com Ed-Son me confirmavam minhas suspeitas: havia alguém "diferente" entre nós.

A princípio acreditávamos tratar-se da aura de algum recém chegado como eu, pois vez por outra um novo aventureiro surgia em nossos portões, mas pouco ficavam diante da situação que conheciam por alto, e deparando-se com perigo verdadeiro punham-se a correr como gazelas ( mal comidas e saltitantes ).

O tempo se passava e o clima de tensão que antes apenas me alertava agora me trazia calafrios, a aura estava muito próxima,e parecia influenciar o comportamento de nossos companheiros.

Para aliviar as dores da alma, decidimos confraternizar com outros aventureiros nas torres de nossa fortaleza, bebendo fermentados e tragando uma planta comumente utilizada para tal. Eis que um jovem mago carregava consigo um exótico masserado de plantas de cor negra ( chá preto mesmo ), e o malicioso Ed-Son questionou-o sobre o usufruto do tal preparado:

- Jovem estudante, para que levas estas plantas?
- Senhor, vou fazer uma alquimia para curar males da comida.
- Dê-me aqui. ( uma boa fungada, e um sorriso astuto )- Gostaria de um punhado, poderia me ceder?
- Não faça cerimônia.

Ed-Son então retirou-se para sua masmorra, prometendo voltar com algo especial, e para nossa surpresa, em seu retorno trouxe consigo um preparado fumígeno que trazia a planta negra como seu principal componente de composição.
Lembro me bem de ter aprovado a idéia, para mim seria válido trocar o gosto seco e agressivo do fumígeno comum por algo mais refinado, e quando finalmente provei de seu composto ( cara, um cigarro de chá preto! ), deleitei-me ao sabor suave.

Esta foi uma de suas descobertas mais importantes, pois viria a originar o que séculos mais tarde seriam casas de venda e consumo de fumígenos de sabor sortido, um empreendimento muito bem sucedido.

Retomando o foco de meus escritos, momentos antes, naquele mesmo dia das descobertas fumígenas e calafrios na espinha, conheci duas figuras que seriam desfechos de outros capítulos: Podtilla ( traduzindo do mendiguês para nosso idioma " priscila pode crer, lê-se " pôtilha" ), druida advinda dos bambuzais da fé e Laytzche, companheira fiel ( ou não ) de Emo, O Covarde.

Podtilla retornou às florestas viajando por meio do poder de suas ervas muito peculiares, e seguimos festejando durante a noite.

As noites seguintes anunciavam nosso pior medo: Após a anunciação do Encardido como soberano do bloco A, uma segunda notícia se alastrava pelas paragens...Agora o Nanás e sua corja de Nanetes organizariam um baile mal caráter em homenagem ao general 120 ( o que fazia 69 com a mulher com uma garrafa de 51 enfiada no cú ).

Fora o desastre que seria a " confraternização " dos malacabados, sabíamos que era necessário infiltrar um de nós.

" No começo dói, depois fica gostosinho. Então, fica só gostosinho " - Palavas Sábias de um pensador anônimo.

Geração - O Grande Encontro




Por trás de um glorioso agrupamento de aventureiros, sempre há uma uma fabulosa curiosidade, aventura, uma necessidade de viver, assim como tesouros incertos e perigos prováveis.

Eis que em minhas buscas, perambulando pelas paragens ao norte, acabei por topar com um alojamento de bravos homens, que há muito já enfrentavam a tirania de um ser pouco visto, porém muito comentado: O Capiroto.

Naqueles tempos, lembro-me bem que a situação se agravara: O Coisa Ruim planejava há algum tempo simpatizar com seres trevorosos conhecidos como "Djances" ( leia-se dienses ) que se reuniam acerca da floresta, num edificio que plagiava o palácio da resistência, conhecido unicamente como Bloco A.

Infelizmente O Carniceiro obteve sucesso, e ergueu sua fortaleza no interior do bloco. Estratégicamente localizada, justo onde descansavam criaturas vis...Dragões de Pele, Piranhas Terrestres, Marmotas Atrozes, Metamorfos e toda sorte de demônios advindos das profundezas de Ceiland.

Em minha chegada, lembro-me da recepção calorosa, pois a tristeza desolava os corações perdidos de meus companheiros, que mal tinham idéia de como enfrentar as diabólicas criaturas.Um a um se apresentaram...

Emo " O Covarde", o sorrateiro ladino vindo do interior da nação, onde criança chora e mãe não ouve, Ed-Son, um mal falado feiticeiro famoso por suas experiências macabras, Alecks, um dos guardas da fortaleza e um viciado em cafeína, e Tezah, o clérigo que adorava esconder os artefatos amaldiçoados que se encontravam na fortaleza.

Eu, como irreverente bardo ( com problemas mentais ), me apresentei e celebrei nossa união entoando canções bizarrícimas, para alegrar e afagar os corações em tormenta.

Assim foi nosso primeiro encontro...

Uma pequena palinha ortográfica sobre uma de minhas canções:

" Você merece um pau na cara, me diz aonde que você merece? " Kinder, Seis Cordas. "